Créditos: Correio Braziliense
Em um desdobramento crucial do caso envolvendo Daniel Alves na Justiça espanhola, a advogada da mulher que acusa o jogador de crime sexual oficializou, nesta terça-feira (5/12), o pedido de 12 anos de prisão ao brasileiro. Essa medida representa a pena máxima para acusações de agressão sexual na Espanha, onde o jogador está detido desde janeiro, na cidade de Barcelona.
A solicitação de prisão foi formalizada por Ester Garcia Lopez, representante legal da mulher que acusa Daniel Alves. O próximo passo nos trâmites judiciais será a resposta da defesa do atleta, que provavelmente apresentará a alegação de inocência nos próximos dias. Posteriormente, o tribunal marcará a data do julgamento, prevista para o início de 2024.
Apesar do pedido de 12 anos de prisão, se condenado, Daniel Alves não deverá cumprir a pena integral. No início do processo, a defesa do jogador pagou 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) à Justiça, permitindo que ele permanecesse detido por, no máximo, seis anos. A advogada da mulher questiona a possível redução da pena.
Na semana anterior, o Ministério Público da Espanha havia solicitado uma condenação de nove anos de prisão para Daniel Alves, além de uma indenização de 150 mil euros à mulher que o acusa de estupro em uma casa noturna de Barcelona no final do ano passado.
Relembre o caso
O escândalo veio à tona na imprensa espanhola no final do ano passado, quando o diário ABC revelou que Daniel Alves teria cometido um ato de violência sexual contra uma jovem na casa noturna Sutton, em Barcelona. A denúncia foi formalizada em 10 de janeiro pela Justiça espanhola, que passou a investigar o ex-jogador do Barcelona.
Inconsistências nos depoimentos de Daniel Alves à Justiça e o temor de fuga levaram a juíza Maria Concepción Canton Martín a decretar a prisão em 20 de janeiro. Desde então, o jogador mudou seu depoimento, trocou de advogado e teve pedidos de liberdade negados. No meio desse processo, ele também enfrentou um divórcio não concretizado com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz. Nas diversas reviravoltas, Daniel Alves inicialmente afirmou não conhecer a acusadora, para depois alegar que houve relação sexual consensual entre eles.