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Caso Thayná: Padrasto acusado de homicídio e ocultação de cadáver é encontrado morto em sua fazenda

Waldezar Cordeiro de Matos, acusado de matar e sumir com corpo da enteada, foi encontrado sem vida neste sábado.
Por Mais Luziânia – 19/03/2024
Foto: Reprodução/Facebook

Caso Thayná: Padrasto acusado de homicídio e ocultação de cadáver é encontrado morto em sua fazenda

Waldezar Cordeiro de Matos, acusado de matar e sumir com corpo da enteada, foi encontrado sem vida neste sábado.
Por Mais Luziânia – 19/03/2024
Foto: Reprodução/Facebook

Créditos: Radar Valparaíso News

Na manhã deste sábado, 16 de março, Waldezar Cordeiro de Matos, foi encontrado morto em sua fazenda, localizada no município de Alvorada do Norte. O homem, que estava no centro das investigações do desaparecimento de sua enteada, Thayná Ferreira Alves, foi encontrado sem vida por seu filho.

Segundo informações apuradas pelo Radar Valparaíso News, Waldezar teria sido encontrado já sem sinais vitais, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas. A polícia foi acionada e compareceu ao local, onde, diante da suspeita de uma morte natural, o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) foi convocado para realizar os procedimentos de praxe.

 

Reprodução: Polícia Civil de Goiás

 

Após os trâmites no Instituto Médico Legal (IML) de posse, o corpo de Waldezar Cordeiro de Matos foi entregue à família e à funerária, sendo trasladado para Brasília. Uma despedida discreta ocorreu na capela 07 do cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul do Distrito Federal.

O velório teve início às 13h30 e encerrou às 15h30, seguido do sepultamento às 16h..

O caso que envolve Waldezar remonta a 2017, quando foi detido pela Polícia Civil de Goiás sob suspeita de envolvimento no desaparecimento e possível homicídio de Thayná Ferreira Alves, então com 21 anos. A jovem desapareceu após ser vista pela última vez na companhia do padrasto, conforme evidências de câmeras de segurança.

A mãe da estudante, Jussara, permaneceu em busca de justiça desde então, mantendo a esperança de que ao menos os restos mortais de sua filha fossem encontrados.

 

Relembre o Caso

Thayná desapareceu em 16 de fevereiro de 2017, na companhia de seu padrasto, conforme revelado por imagens de câmeras de segurança. O último registro foi deles saindo juntos de carro, com a suposta intenção de deixá-la em um ponto de ônibus na BR-040. Desde então, a jovem nunca mais foi vista.

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

As imagens captadas por câmeras de segurança, registrando os últimos momentos de Thayná antes de seu desaparecimento, foram cruciais para a investigação.

As evidências materiais pintam um quadro sombrio: imagens de câmeras de segurança flagraram Waldezar retornando ao apartamento da família horas depois do desaparecimento de Thayná, carregando uma mala grande, a bolsa da jovem embrulhada em plástico e um facão em uma bainha.

A perícia encontrou indícios de sangue humano no porta-malas do veículo de Waldezar, porém, um segundo exame não foi inconclusivo. Apesar das provas e suspeitas, a justiça não conseguiu reunir elementos suficientes para manter o fazendeiro detido preventivamente.

A defesa do fazendeiro usou todos os recursos disponíveis para protelar o júri popular, alimentando ainda mais a angústia da família da jovem. Após anos de apelações, o processo tinha finalmente chegado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2023, trazendo uma nova esperança de justiça.

Para Jussara, a mãe de Thayná, o pesadelo nunca acaba. Mesmo após anos de buscas infrutíferas, ela continua a vasculhar uma mata entre Valparaíso de Goiás e Cidade Ocidental, na esperança de encontrar os restos mortais de sua filha. É nessa área que Waldezar fez uma ligação para Jussara no dia do desaparecimento, segundo revelaram as investigações policiais.

 


Foto: Reprodução/TV Anhanguera

“É uma dor que não vai acabar nunca. Ele acabou com a minha vida. Como sempre digo, vou lutar sempre por Justiça, que é o que ela faria por mim se fosse o contrário”, desabafou Jussara em uma entrevista em 2019 à TV Anhanguera.

Em 2021, Jussara colocou um outdoor na entrada da cidade, com a pergunta: “Onde está Thayná?”. Ao lado de uma foto da jovem, uma mensagem fala que já são quatro anos sem resposta.

“Nos ajude a encontrar pelo menos uma sandália da minha filha”, diz o texto na placa. Ainda na rodovia, um painel de LED em um caminhão volta a questionar onde estaria a jovem desaparecida.

 

Foto: Reprodução/TV Anhanguera