Moradores do Entorno do Distrito Federal se uniram em protestos intensos, clamando por ações imediatas visando a construção de passarelas ao longo da perigosa BR-040. O último incident, um atropelamento fatal, gerou revolta e mobilização comunitária no bairro Parque Marajó, em Valparaíso (GO). A rodovia, principal ligação entre o DF e diversas regiões circunvizinhas, é conhecida por seu trânsito caótico e altamente perigoso.
“Hoje faleceu atropelada aqui na BR minha vizinha, no mês passado, dia 1º, o meu irmão foi atropelado aqui nessa BR, tá lá todo quebrado. Ninguém faz nada, e a gente precisa de passarela, tanto aqui quanto no Santa Rita. Porque aqui é onde o povo atravessa para ir trabalhar todos os dias.” Disse uma moradora ao R7.
No trecho existe uma barreira eletrônica de 40 km instalada no local, destinada a reduzir a velocidade dos veículos. Esta medida, em teoria, deveria garantir a segurança dos pedestres, porém, muitas vezes é desrespeitada, colocando em risco a vida dos moradores que enfrentam a travessia diária para chegar ao outro lado e acessar o transporte público, frequentemente com destino a Brasília.
De acordo com dados de 2021 do jornal Estado de Minas, a BR-040 é considerada a rodovia mais letal do país, com uma média assustadora de uma vida perdida a cada 12 acidentes, superando até mesmo a reputação mortal da BR-381, conhecida como Rodovia da Morte, com uma morte a cada 14,7 acidentes. A Polícia Rodoviária Federal destaca a BR-040 como a via com mais registros de acidentes no DF e no Entorno, tendo registrado 1.314 ocorrências de trânsito entre 2019 e 2020, predominantemente colisões traseiras e laterais.
Com a concessão da Via 040, responsável pela gestão do trecho de 936,8 quilômetros da BR-040 entre Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG), os moradores expressam urgência na implementação de soluções para esta crise de segurança rodoviária. A concessão, com duração contratual de 30 anos, engloba uma extensa rota que passa por 35 municípios e abriga aproximadamente 8 milhões de habitantes, reforçando a necessidade de medidas efetivas para a proteção dos cidadãos locais.
Confira, na íntegra, matéria feita pela Record Brasília:
